A Eletrotécnica dará suporte à indústria 4.0. Ao contrário do que se pensa, a evolução tecnológica não trará mais desemprego, mas na realidade ela possibilitará uma maior procura pela formação técnica profissional podendo o técnico ter como campos de atuação: consultoria, execução e inspeção de projetos de instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, manutenção e fabricação de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos ou na área de energia.
A energia elétrica ainda é a fonte mais utilizada no setor industrial. Segundo a Firjan, pode representar mais de 40% do custo de produção. Em 2020, ocorreu uma redução das atividades econômicas por conta da pandemia e isso provocou retração no consumo, porém as matrizes energéticas constituem uma das demandas mais importantes para a atividade das indústrias. Estas matrizes, no Brasil representadas pelas hidrelétricas, gás natural, eólica, biomassa, carvão e derivados, nuclear, derivados do petróleo e solar, quando apoiadas pela tecnologia, transformam o mercado de trabalho.
A Eletrotécnica está voltada ao novo mundo do trabalho movido pela Indústria 4.0. Essa nova indústria que surge precisa de profissionais para fazer essa gestão. São atualizações nas operações e sistemas da indústria, viabilizando a troca dos equipamentos antigos e planejando sistemas de geração de energia.
Estas mudanças demonstram que a demanda por técnicos em Eletrotécnica cresça rapidamente nos próximos anos. O Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Senai nacional, estima que será preciso qualificar 272.334 técnicos no setor de energia. Apesar das tantas oportunidades à vista, a escolha por educação profissional está nos planos de apenas 11,1% dos estudantes, segundo a CNI.
Curiosidades:
O que são matrizes energéticas?
São um conjunto de fontes de energia ofertado no país para captar, distribuir e utilizar energia nos setores comerciais, industriais e residenciais. A matriz representa a quantidade de energia disponível em um país, e a origem dessa energia pode ser de fontes renováveis ou não renováveis.
Qual a diferença entre Automação Industrial e Mecatrônica?
Automação Industrial e Mecatrônica são duas palavras que vem ao longo de alguns anos sendo muito utilizadas nas indústrias e serviços. Apesar de serem áreas relacionadas, elas possuem significados diferentes. Muitas pessoas confundem a automação industrial com a mecatrônica.
Entenda a diferença:
A Automação Industrial atua na elaboração de projetos, execução e sistemas de controle utilizados nos processos industriais. O profissional de automação também é responsável por diagnósticos e levantamento de custos para instalação e manutenção de equipamentos.
A Mecatrônica tem seu foco voltado para a área técnica. Os profissionais dessa área são responsáveis pela execução da manutenção dos equipamentos utilizados na automação industrial, como por exemplo, sensores, máquinas e robôs.
Uma pesquisa realizada em 2019 pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), demonstrou que a Automação Industrial tem sido aplicada nas soluções para o desenvolvimento da indústria e seus modelos de negócios.
Confira:
27% das indústrias utilizam automação com sensores, muito usadas em indústrias em todo o mundo.
11% das indústrias utilizam a automação digital sem sensores, ou seja, que utiliza de sistemas e terminais para aplicações de controle da produção.
7% usam supervisórios e plataformas MES.
8% utilizam automação com sensores para identificar produtos, condições operacionais e criação de linhas flexíveis.
19% das indústrias usam sistemas integrados de engenharia para manufatura e desenvolvimento de produtos.
O Brasil ainda não utiliza muito algumas tecnologias que já vem sendo usadas em outros países, tais como a inteligência artificial, esta ainda é pouco usada pelas indústrias brasileiras. O maior foco do uso da automação industrial no Brasil é o aumento da capacidade de produção e a redução de custos. o que gera novas facilidades para as indústrias, porém, adquirir novas tecnologias sem o conhecimento necessário para implementá-las também pode ser prejudicial.
O que é Tecnologia Educacional?
A Tecnologia entrou definitivamente na sala de aula, inclusive trazendo a tradicional sala de aula da escola para casa do aluno, de forma virtual, o que ocorreu por mais de um ano durante a pandemia. Não há como negar que não dá mais pra dar aula como se dava há 30 anos, apenas com quadro e giz. Na mochila do aluno não tem só caderno, livros e lápis, mas sim celulares e tablets. As crianças de ensino fundamental e os adolescentes e jovens desta geração já nasceram em um universo digital.
A interação entre professor e alunos em sala de aula não pode mais ignorar completamente as novas tecnologias. Mesmo em uma sala de aula desprovida de equipamentos de última geração, com o professor mais tradicional, a interação é sempre permeada por ela. Os estudantes das novas gerações são nativos digitais. Isso significa que a maioria deles nunca conheceu um mundo sem internet, celular, Google ou redes sociais.
Neste contexto, surge a Tecnologia Educacional que é um conceito que diz respeito à utilização de recursos tecnológicos para fins pedagógicos. Seu objetivo é trazer para a educação – seja dentro ou fora de sala de aula – práticas inovadoras, que facilitem e potencializem o processo de ensino e aprendizagem.
O foco principal da Tecnologia Educacional não está sobre os dispositivos tecnológicos (a escola não precisa, obrigatoriamente, ter equipamentos mais modernos para trabalhar a TE), e sim sobre as práticas que o seu uso possibilita.
A Tecnologia Educacional pode estar presente na educação de diversas maneiras, algumas delas são:
-gadgets (dispositivos), como a lousa digital, os tablets e as mesas educacionais;
-softwares, como os aplicativos, os jogos e os livros digitais;
– outras soluções educacionais, como a realidade aumentada, os ambientes virtuais de aprendizagem e as plataformas de vídeo.
Tecnologia Digital nas Indústrias em alta
Uma Pesquisa realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria mostra que as empresas estão mais digitais do que há cinco anos e têm aderido à novas tecnologias nos processos e serviços. A pesquisa chamada Sondagem Especial Indústria 4.0, foi realizada com mais de 1 mil empresas e buscou investigar o avanço do uso das tecnologias da chamada Indústria 4.0, que prevê a digitalização da produção industrial para integrar as diferentes etapas da cadeia de valor, desde o desenvolvimento do produto até o uso final. A pesquisa revela também que em 2021, 69% das empresas utilizaram pelo menos uma tecnologia digital.
Entre os principais benefícios reconhecidos na adoção das tecnologias digitais está o aumento de produtividade, a melhora da qualidade dos produtos e a diminuição dos custos de produção.
A automação digital com sensores para controle de processos se mantém como a principal tecnologia em uso na indústria brasileira. A utilização da automação digital com sensores para identificação de produtos e condições operacionais/linhas flexíveis mais do que triplicou desde 2016, passando de 8% para 27% em 2021.
Esse aumento deve abrir caminho para o maior desenvolvimento de produtos customizáveis, onde as linhas flexíveis são essenciais. Além disso, a utilização da prototipagem rápida, impressão 3D e similares, outra tecnologia importante para customização, teve aumento em sua utilização.
O setor automotivo tem adotado uma maior variedade de tecnologias digitais, cerca de 35% das empresas do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias utilizam pelo menos sete tecnologias digitais. O setor de equipamentos de informática e eletrônicos se destaca com 88% das empresas utilizando pelo menos uma tecnologia, entre as 18 tecnologias digitais avaliadas. Em seguida vem o setor de biocombustíveis (81%) e sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (HPPC), com 80%.
 
            
                    


